As bolsas da Europa fecharam esta sexta-feira (2) em alta, apoiadas por indicadores positivos do mercado de trabalho dos Estados Unidos e pelo sinal da China de que está disposta a retomar as negociações comerciais com os Estados Unidos.
Nos EUA, os números de abril referentes ao mercado de trabalho vieram melhores que o esperado, elevando o apetite por risco. O resultado acima do previsto sugere uma economia americana ainda resiliente, impactando as expectativas em torno da política de juros do Federal Reserve (Fed).
Além disso, a China indicou interesse em retomar negociações tarifárias com os Estados Unidos. No entanto, o governo chinês condicionou o avanço a uma mudança de postura por parte de Washington, com a retirada de tarifas unilaterais.
A União Europeia também entrou em cena, avaliando ampliar em 50 bilhões de euros as importações de produtos americanos. A medida visa reduzir as tensões comerciais com os Estados Unidos.
Desempenho dos índices
- FTSE 100 (Londres): subiu 1,17% (8.596,35 pontos);
- DAX (Frankfurt): subiu 2,49% (23.057,34 pontos);
- CAC 40 (Paris): subiu 2,33% (7.770,48 pontos);
- FTSE MIB (Milão): subiu 1,92% (38.327,94 pontos);
- Ibex 35 (Madri): subiu 1,20% (13.447,51 pontos);
- PSI 20 (Lisboa): caiu 0,38% (6.965,57 pontos).
Inflação e atividade industrial seguem no radar
Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2,2% em abril na comparação anual. A expectativa do mercado era de desaceleração para 2,1%. O resultado afasta o indicador da meta de 2% do Banco Central Europeu, o que pode postergar cortes de juros.
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Os índices de atividade industrial (PMIs) da zona do euro e da Alemanha foram revisados para cima. Apesar da melhora, seguem abaixo do patamar de 50 pontos, o que sinaliza contração na indústria.
Shell e NatWest se destacam
Na Europa, a ação da petroleira britânica Shell subiu 2% após divulgar resultados trimestrais acima das expectativas. O banco NatWest também teve desempenho positivo, mas encerrou o dia com alta mais moderada, de 1,30%, após ganhos mais fortes durante o pregão.
