As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda nesta quinta-feira (7), com risco de recessão no radar e após o resultado do IGP-DI.
O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna variou 0,62% em junho, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando variara 0,69%.
Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o resultado é boa notícia. Alimentos ainda tiveram variação alta, 1,3% e deve impactar o IPCA do mês, mas a queda das matérias primas agrícolas, incluindo fertilizantes, é boa notícia para a inflação futura, disse.
A Bolsa tem um dia de otimismo, firme nos 100 mil pontos, seguindo o movimento positivo de Nova York sustentando pelas commodities com a China promovendo a liberação de um pacote para estimular a economia do país.
Somado a isso, os investidores entendem que o posicionamento do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), informado na ata da véspera, em controlar a inflação é positiva e que os indicadores econômicos nos EUA têm mostrado uma desaceleração da economia e a percepção é de que os juros sejam menores.
O dólar acelerou o ritmo de queda, e opera abaixo dos R$ 5,40. A divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) veio em linha com as expectativas do mercado, e reiterou as preocupações da instituição com a inflação e recessão. Este alívio é traduzido em um movimento de correção, com momentâneo fortalecimento do real.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o que vemos hoje é apenas uma correção, já que nada mudou para os mercados se recuperarem”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h40 (de Brasília):
IBOVESPA: 100.847 pontos (+2,16%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,3390 (-1,53%)
DI JAN 2023: 13,735% (-0,18%)
DI JAN 2027: 12,710% (-1,16%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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