Em um dia de agenda cheia aqui e lá fora, o Ibovespa futuro acompanha os movimentos positivos do exterior ainda refletindo a ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, sigla em inglês) em que a autoridade monetária reiterou a preocupação com a inflação e teme que os preços persistam e desancorem as expectativas para períodos mais longos. Para a próxima reunião sinalizou que a alta dos juros seja de 0,50 ponto porcentual (pp) ou 0,75 pp.
Os investidores repercutem os dados econômicos nos Estados Unidos- os pedidos de seguro-desemprego subiram para 235 mil na semana encerrada em 2 de junho enquanto o mercado previa 230 mil- e a recessão ainda ronda o mercado. Por aqui, fica no radar dos investidores a PEC dos benefícios, prevista para ser votada hoje na Câmara e as atenções se voltam para o fiscal.
Na China, apesar da preocupação com o aumento dos casos de covid em Xangai e o receio de que voltem os bloqueios sanitários, o minério de ferro subiu com a notícia de que o governo vai estimular de forma contundente a infraestrutura.
Às 9h50 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 1,17%, aos 101.150 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias avançavam. Na Ásia os índices fecharam em alta.
Nicolas Farto, especialista de renda variável da Renova Invest, comentou que todas as preocupações se voltam para a agenda os indicadores nos Estados Unidos e “o foco dos investidores é tentar entender até que ponto a desaceleração econômica deve influenciar a política monetária norte-americana”.
Em relatório, os analistas da Ajax Capital, afirmaram que os ativos de riscos se recuperam de forma generalizada e “a Bolsa deve acompanhar a melhora externa”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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