A petroleira Prio (PRIO3) registrou lucro líquido de US$ 344,74 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 54% na comparação anual. O desempenho divulgado nesta terça-feira (6) foi impulsionado pelo aumento da produção e das vendas, com destaque para o Campo de Peregrino.
O crescimento da produção — atingiu 109,3 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), alta de 23,7% — refletiu na receita da companhia, que cresceu 15% no trimestre, chegando a US$ 696,93 milhões.
Principais linhas do balanço da Prio
O Ebitda ajustado caiu 4%, para US$ 446,61 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada recuou 13 pontos percentuais, para 64%. O lifting cost (custo de extração) subiu 71%, atingindo US$ 12,8 por barril, pressionando a rentabilidade da operação.
A dívida líquida da Prio fechou março em US$ 2,45 bilhões, crescimento de US$ 121 milhões frente ao fim de 2024. A alavancagem subiu levemente, para 1,3 vez o Ebitda ajustado.
O resultado financeiro foi negativo em US$ 85,89 milhões, piora de 172% em relação ao primeiro trimestre de 2024, impactado pela maior dívida.
Confira abaixo a evolução do Ebitda da Prio nos últimos anos, com base nos dados da ferramenta do Monitor Empresas:

Produção cai em abril com falhas e paradas
Apesar da alta no primeiro trimestre, a produção da Prio iniciou o segundo trimestre em queda. Segundo dados divulgados pela companhia nesta terça, a produção total no mês caiu para 91.133 boepd, queda de 13% em relação a março.
O recuo foi puxado por uma parada programada no Campo de Frade, que sofreu ainda uma falha no sistema de compressão de gás, derrubando a produção em mais de 60%.
Em contrapartida, o Campo de Albacora Leste teve aumento de 44,3%, para 27.209 boepd, após a troca de compressor, enquanto Peregrino cresceu 2,8% no mês.
As vendas de abril ficaram em 3,1 milhões de barris, leve queda de 2,2% frente a março.
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Citi vê potencial, mas custos preocupam
Segundo o Citi, os resultados vieram ligeiramente abaixo das expectativas, mas não devem alterar a tese positiva para 2025. O banco destaca que o principal motor será o aumento de produção com a entrada do Campo de Wahoo e as revisões de poços no cluster Polvo+TBMT.
O banco mantém recomendação de compra para as ações da Prio, com preço-alvo de R$ 60, o que representa um potencial de valorização de 62,3%.