As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta nesta terça-feira (5), acompanhando um cenário de risco fiscal no Brasil.
Antonio Sanches, analista de Investimentos da Rico, destaca que o cenário internacional segue dominado pelo sentimento de aversão ao risco, à espera da divulgação da última reunião do FOMC (Comitê de Política Monetária dos EUA), assim como dados de marcado de trabalho, à espera de pistas sobre os próximos passos da política monetária e do estado da economia americana.Já no Brasil, o centro das atenções segue no ambiente político e fiscal, com o desenrolar da PEC dos Benefícios, diz. Segundo ele, a PEC tem impacto fiscal estimado em aproximadamente R$ 41,25 bilhões, por meio de gastos excetuados do teto de gastos.
Em relatório, a RB Investimentos também acredita que o foco seguirá no banco central americano. “Com a inflação tendo surpreendido para cima, 8,6%, não projetamos o Fed interrompendoo ciclo de alta antes de 4”, afirma. A casa também destaca situação semelhante ao banco central europeu, que também enfrenta uma inflação de 8,6%.
“O início do ciclo de alta de juros deve ocorrer em julho, no dia 22. Investidores atualmente precificam juros em 1,8% no final do ciclo, patamar que também compreendemos que será revisto ao longo dos próximos meses.
Por volta das 13h00 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,755% de 13,725% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 12,965%, de 12,710% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,870% de 12,655%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,3890 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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