As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) firmaram queda, acompanhando o cenário internacional e o risco fiscal no país. Quem explica é Ariane Benedito, economista da CM Capital: A Zona do Euro e EUA apresentaram arrefecimento da atividade impactada pela política monetária contracionista, disse. Isso fez com que os tresuries perdessem valor, o que deu um alívio na nossa curva curta, prossegue.
A Bolsa chegou a cair mais de 1%, no patamar dos 97 mil pontos, mas reduziu a perda puxado por commodities e o setor financeiro-que passaram a operar de forma mista- e com os investidores preocupados com o furo do teto de gastos, após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Auxílios no Senado e que deve passar tranquilamente na Câmara dos Deputados. No exterior, o ambiente também é de atenção com o receio de recessão global com os indicadores apontando um cenário mais difícil. Mais cedo, os gastos com construção civil nos EUA-caíram 0,8% na comparação mensal, enquanto o mercado previa alta de 0,3% em maio.
O dólar acelerou o ritmo de alta e já passa dos R$ 5,32. Além das incertezas fiscais domésticas, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estado de emergência no Senado, o cenário global é de aversão ao risco, com a inflação galopante e o risco de recessão. De acordo com o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o dólar está ganhando de todas as emergentes. A tendência é de recessão, já que demoraram demais para tomar uma decisão, a maioria dos bancos centrais das economias desenvolvidas. Isso é péssimo”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 98.097 pontos (-0,45%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,3110 (+1,50%)
DI JAN 2023: 13,700% (-0,39%)
DI JAN 2027: 12,645% (-0,03%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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