A Neoenergia arrematou o lote 10 do leilão de transmissão de energia elétrica promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com a oferta de receita anual permitida (RAP) de R$ 38,2 milhões, deságio de 45,74% ante o valor de referência de R$ 70,4 milhões. O leilão estava em andamento da na sede da B3, em São Paulo (SP), mas fez uma pausa e será retomado a partir das 13h.
Houve disputa de lances por viva voz, em que Neoenergia reduziu sua proposta inicial de R$ 40,6 milhões ao valor final, enquanto a EDP-Energias do Brasil baixou até R$ 38,3 milhões, de R$ 41,6 milhões.
Outras ofertantes foram Eletrobras CGT Eletrosul, de R$ 40,6 milhões, Taesa, de R$ 46,5 milhões, Energisa, de R$ 56,5 milhões, Celeo Redes Brasil, de R$ 50,9 milhões, Sterlite, de R$ 47 milhões.
As empresas Cobra e os consórcios Olimpus XII e Verde não tiveram interesse em apresentar propostas financeiras para o lote 11.
Participam do leilão os consórcios Morro do Ouro, formado pela Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A e Isa CTEEP Verde (Cymi Construções e Participações e Brasil Energia Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia), Olympus XII (Alupar, Equatorial e Mercury Investiments) e SHF (Hersa, Fm Rodrigues e Sollo Energia) e as empresas Cemig, EDP-Energias do Brasil, Neoenergia, CTEEP, Sterlite, Cobra Brasil, Celeo Redes Brasil e Usina Termeletrica Norte Fluminense.
O leilão começou às 10h, na sede da B3, em São Paulo, com os lotes 1, 2 e 3, com instalações localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Destinados ao escoamento da energia gerada por fontes renováveis, os três possuem expectativa de investimento de R$ 12,27 bilhões.
Ainda pela manhã, também serão apregoados os lotes 9, 10 e 11, nos estados de Mato Grosso, Pará, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Eles trazem empreendimentos anteriormente licitados, porém não implantados e com caducidade dos contratos declarada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
No período da tarde, a partir das 13h, serão leiloados os lotes 4, 5, 6, 7, 8, 12 e 13. Os lotes 8 e 12 também se referem a empreendimentos anteriormente licitados e não implantados, nos estados de Rondônia e Amazonas.
Cynara Escobar / Agência CMA
Imagem: divulgação
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