O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou um aumento, atingindo 0,35% na terceira semana de outubro, em comparação com a alta de 0,33% na segunda semana do mesmo mês.
Aceleração do IPC-S e suas implicações
O IPC-S é um indicador importante para medir a variação de preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. A aceleração de 0,35% na terceira semana de outubro indica um aumento nos preços dos itens que compõem a cesta de consumo, o que pode afetar o poder de compra dos brasileiros e influenciar as estratégias de investimento.
Setores em destaque
Nessa medição, três das oito classes de despesas apresentaram aceleração, com destaque para o grupo “Educação, leitura e recreação,” que passou de 2,84% para 3,44%. Isso foi impulsionado principalmente pela alta nos preços das passagens aéreas, que subiram de 17,32% para 21,05%.
Os grupos “Alimentação” e “Saúde e cuidados pessoais” também apresentaram aceleração, passando de -0,46% para -0,22% e de 0,12% para 0,24%, respectivamente. Aqui, as carnes bovinas e os artigos de higiene e cuidado pessoal desempenharam papéis significativos.
Por outro lado, houve arrefecimento em setores como “Transportes,” “Habitação,” “Vestuário” e “Comunicação.” Nota-se, por exemplo, uma queda nos preços da gasolina, do aluguel residencial, das roupas masculinas e das tarifas de telefone residencial.
Influências no IPC-S
As maiores influências positivas para o IPC-S na terceira semana vieram das passagens aéreas, seguidas pelo plano e seguro de saúde, condomínio residencial, automóveis novos e arroz. Investidores devem observar esses setores, já que seu desempenho pode impactar a inflação e, consequentemente, as estratégias de investimento.
Por outro lado, a gasolina, o leite tipo longa vida, os ovos, a banana nanica e a banana-prata exerceram pressão negativa sobre o índice. Estas quedas nos preços podem ser um fator a ser considerado ao tomar decisões de investimento.
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