O Ibovespa conseguiu se manter acima dos 113 mil pontos no fechamento desta sexta-feira (20), mesmo com o desempenho negativo de ações líderes da B3, como Vale e Petrobras. A semana foi marcada por uma quarta retração diária, resultando em uma queda de 2,25% desde o início da semana. Na semana anterior, o índice havia avançado 1,39%.
Variações
O Ibovespa oscilou entre 112.533,33 e 114.089,58 pontos, encerrando em queda de 0,74%, a 113.155,28 pontos, o menor nível de fechamento desde 5 de junho. O volume financeiro totalizou R$ 24,1 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre ações. No acumulado do mês, o Ibovespa registrou uma queda de 2,93%, limitando o ganho anual a 3,12%.
Desempenho em Nova York
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também mostraram perdas, com o Dow Jones caindo 0,86%, o S&P 500 1,26%, e o Nasdaq 1,53% no fechamento do dia. Na semana, as quedas foram de 1,61% para o Dow Jones, 2,39% para o S&P 500 e 3,16% para o Nasdaq.
Cautela nos negócios
Na B3, a cautela externa mais uma vez influenciou os negócios. Entre os ativos de risco, apenas o petróleo teve destaque em parte do dia, com o Brent negociado acima de US$ 93 por barril nas máximas da sessão. No entanto, a commodity também encerrou em baixa após o anúncio do governo americano sobre a reposição dos estoques estratégicos.
Petrobras e Vale
Petrobras não acompanhou o movimento das cotações da commodity, mesmo quando elas subiam, aparando os ganhos acumulados pela empresa na semana a 3,79% (ON) e 4,33% (PN). A estatal anunciou reajustes nos preços domésticos do diesel (aumento) e da gasolina (redução) nas refinarias, em vigor a partir de sábado.
No encerramento de hoje, Petrobras ON caiu 1,09% e a PN, 1,28%, enquanto Vale ON recuou 2,70%, refletindo a queda de 3,17% nos contratos futuros do minério de ferro em Dalian, China, devido a preocupações sobre o setor imobiliário na China.
Desempenho dos bancos
Os grandes bancos também tiveram um dia ruim, com destaque para o Bradesco (ON -1,27%, PN -1,87%). Na ponta perdedora do Ibovespa, estiveram empresas como Magazine Luiza (-4,35%), Azul (-3,51%) e CSN (-3,29%), enquanto Grupo Casas Bahia (+4,00%), BRF (+3,85%) e Natura (+2,96%) se destacaram no lado oposto.
Cenário global de aversão a risco
A Bolsa brasileira foi impactada pelo cenário global de aversão a risco, especialmente devido à preocupação com uma possível invasão terrestre de Israel à Faixa de Gaza. Isso reforçou o movimento de busca por ativos considerados mais seguros.
Cenário econômico
Internamente, o desempenho da atividade econômica, conforme indicado pelo IBC-Br, considerado um dado antecedente do PIB, contribuiu para a cautela do mercado. O setor de varejo, que já estava pressionado, viu suas preocupações aumentarem, assim como observações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a desaceleração da economia neste terceiro trimestre.
Perspectivas para a próxima semana
O mercado demonstrou forte pessimismo em relação ao desempenho das ações no curto prazo. Entre os participantes de uma pesquisa, 42,86% acreditam que a próxima semana será de perdas para o Ibovespa, enquanto 42,86% preveem alta. Apenas 14,29% esperam estabilidade. Na pesquisa da semana anterior, as expectativas eram mais otimistas, com 60% prevendo alta e 40% prevendo variação neutra, sem previsões de queda.
Fonte: Broadcast
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