O dólar fechou esta segunda-feira (9) em queda de 0,13% frente ao real, a R$ 5,56. A moeda americana registrou seu terceiro recuo consecutivo e atingiu o menor nível desde o início de outubro.
A baixa ocorreu após um pregão volátil, marcado por reações às medidas fiscais anunciadas no domingo (8) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Inicialmente, o mercado reagiu com cautela à proposta de aumento de receitas, mas a sinalização de que o governo também pode cortar gastos ajudou a acalmar os investidores.
Como resultado, o dólar já acumula baixa de 2,74% em junho e de 9,99% no acumulado de 2025.
Entenda as medidas fiscais anunciadas
As propostas apresentadas pelo governo incluem:
- Recalibragem das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);
- Tributação de produtos hoje isentos, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário);
- Aumento da tributação sobre as apostas (bets);
- Alíquotas maiores para CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e JCP (Juros sobre o Capital Próprio);
- Revisão de 10% das isenções tributárias infraconstitucionais.
Também ficou marcada uma nova reunião para tratar da redução de despesas primárias — aquelas obrigatórias para o funcionamento do Estado, como salários, previdência e benefícios sociais.
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Cenário fiscal ainda preocupa economistas
Economistas ouvidos pelo Estadão Broadcast afirmam que, se aprovadas, as medidas podem permitir ao governo cumprir as metas fiscais até 2026. No entanto, não resolvem o problema estrutural das contas públicas, que pode se agravar a partir de 2027.
A ausência de cortes imediatos de gastos foi um dos pontos que geraram incerteza durante a manhã.
Gastos em alta pressionam o Orçamento
Em reunião com líderes do Congresso, o governo apresentou um diagnóstico das despesas que mais pressionam o Orçamento:
- BPC (Benefício de Prestação Continuada);
- Fundeb (fundo de financiamento da educação básica);
- FPE e FPM (fundos de participação de Estados e municípios).
Segundo relatos, houve entendimento entre os parlamentares sobre a gravidade da situação fiscal e o compromisso de levar as propostas para avaliação nas bases políticas.