A forte volatilidade no mercado de commodities ditou o ritmo nesta quarta-feira (11), com o café e o milho registrando quedas, enquanto o petróleo subiu mais de 4% com o aumento das tensões no Oriente Médio.
No mercado do boi gordo, os contratos futuros apresentaram resultados mistos. O vencimento M (junho) caiu levemente, enquanto o V (outubro) fechou com ganho de R$ 726 no dia.
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Café pode cair com avanço da colheita
O café arábica recuou 1,52% no mercado futuro (contrato para julho de 2025), pressionado pela aproximação da colheita no Brasil e por oscilações nos contratos.
Já o café robusta chegou a subir durante o pregão, mas devolveu os ganhos e fechou em leve queda. Com o avanço da colheita brasileira, o aumento na oferta pode provocar correções de preços nas próximas semanas.
Segundo análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, o grão apresentou movimentos irregulares ao longo do dia, dificultando operações. Confira na íntegra:
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Milho cai com incertezas entre EUA e México
O milho seguiu pressionado por incertezas comerciais envolvendo os Estados Unidos e o México.
A taxação de 50% sobre importações de metais mexicanos anunciada pelo presidente Donald Trump gerou temores de retaliação, o que pode afetar as exportações de milho — base da alimentação no México e uma das principais commodities exportadas pelos EUA.
Além disso, o bom andamento do plantio norte-americano contribui para a queda nos preços futuros. O vencimento mais negociado (dezembro) mantém tendência de baixa.
Petróleo dispara com crise no Irã
O petróleo tipo WTI avançou mais de 4%, com o contrato de setembro atingindo US$ 78,75 o barril.
A alta foi impulsionada pela crise entre os Estados Unidos e o Irã, após o governo americano iniciar a evacuação de sua embaixada na região. O movimento elevou os prêmios de risco no setor energético.
O contrato de agosto também subiu, chegando a US$ 69,64. A escalada dos preços pode reduzir o impacto de eventuais reduções de preço da gasolina no Brasil.
Soja recua com clima favorável nos EUA
A soja operou em queda, influenciada pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. A previsão de chuvas regulares e temperaturas dentro da média reduzem riscos de quebra de safra, o que pressiona os preços futuros.
O contrato de novembro — o mais líquido no momento — forma uma estrutura gráfica de baixa, com possibilidade de novas quedas caso perca suportes técnicos.