A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (19) uma alteração nos preços dos combustíveis que tem gerado repercussões no mercado. O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, avalia que esse reajuste terá um “impacto nulo” no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo menos em termos diretos. No entanto, o impacto indireto se revela substancial, especialmente devido à influência na matriz de transporte do país, embora seu repasse ao consumidor seja menos imediato e mais incerto.
A Petrobras efetuou uma redução de R$ 0,12 por litro no preço médio de venda da gasolina ‘A’ para as distribuidoras em suas refinarias, que agora será de R$ 2,81 por litro, o que representa uma queda de 4% em relação ao preço anterior. Simultaneamente, o diesel sofreu um aumento de R$ 0,25 por litro, correspondendo a um acréscimo de 6,6%, reduzindo a defasagem desse combustível em relação ao mercado internacional. Os novos valores entrarão em vigor a partir de sábado, 21.
Perspectivas
Em relação ao IPCA, a Ativa Investimentos revisou sua perspectiva para 2023 de 4,69% para 4,65%. Essa revisão decorre de uma queda na projeção de novembro, que passou de +0,31% para +0,23%, ao passo que a projeção de dezembro aumentou de +0,57% para +0,61%.
É importante ressaltar que a redução de 12 centavos no preço da gasolina amplia a defasagem, aproximando-a de 30 centavos, enquanto o aumento do diesel ainda deixa um resíduo de cerca de 35 centavos para alcançar os níveis internacionais, observa Sanchez.
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