As ações da Petrobras alcançaram seu maior valor em 15 anos nesta quarta-feira (18), quando suas papéis (PETR3;PETR4) chegaram ao patamar de R$ 41,56 e R$ 38,52, respectivamente.
O valor das ações, entretanto, não ultrapassou aqueles vistos em 2008, dias antes da economia mundial virar cinzas com a crise hipotecária americana.
O valor de mercado da companhia também ultrapassou seu recorde anterior, de R$ 520,6 bilhões em outubro de 2022 para R$ 525 bilhões. Esse valor é calculado a partir do preço das ações e multiplicado pela quantidade de ações em circulação.
Nos últimos 3 trimestres, a estatal distribuiu R$ 73,8 bilhões em dividendos, e suas ações, mesmo com a queda de hoje (19) de 1%, às 11h40, seguem no maior patamar histórico de 15 anos.
O que anima os investidores na Petrobras?
Nos últimos dias, o petróleo brent tem disparado com os aquecimento do conflito Israel-Palestina.
Hoje, o barril custa 39% a menos do que custava em março de 2022, no início da Guerra da Ucrânia, mas, antes disso, só 2014 e em 2008 o mundo viu o barril passar dos US$ 90.
Apesar da Petrobras ter acabado com o Preço de Paridade de Importação (PPI), os preços da petroleira seguem perto do trabalhado no mercado internacional.
Na média semanal de 9/10 a 13/10, a gasolina tem uma discrepância de cerca de 2,7% e o diesel de 5,5%.
Por isso, novas altas na commodity acabam beneficiando a estatal, junto ao setor.
Os investidores também já estão no aguardo do balanço da Petrobras do 3 trimestre de 2023, previsto para quinta-feira da próxima semana (26).
O que dizem os analistas?
Os analistas ainda estão com dificuldades de precificar a Petrobras. Após a divulgação dos resultados do 2 trimestre da companhia, por exemplo, enquanto o Goldman Sachs reiterou recomendação de compra, o Citi Bank rebaixou para neutra.
No final das contas, ainda não há consenso entre as casas de análises brasileiras em relação à recomendação. Já os preços-alvos circulam entre R$ 34 e R$ 39.
É possível que o balanço do 3 trimestre da companhia ajude a precificar suas ações, mas por enquanto o BTG Pactual e a XP Investimentos recomendam compra. Veja o que cada casa indica: