A partir de julho de 2025, trabalhadores do estado de São Paulo contarão com um novo valor para o salário mínimo paulista. O piso estadual, que serve de referência para profissionais sem acordo coletivo próprio, será reajustado para R$ 1.804. Essa atualização, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governo estadual, busca alinhar o rendimento básico à realidade econômica local e proporcionar um ganho real acima da inflação registrada no período.
O reajuste do salário mínimo paulista é resultado de análises sobre o custo de vida nos municípios do estado e do desempenho da economia regional. O novo valor representa um aumento de 10% em relação ao piso anterior, superando a inflação acumulada e ampliando a diferença em relação ao salário mínimo nacional, que em 2025 está fixado em R$ 1.518. Com isso, São Paulo reforça sua política de manter um piso regional mais elevado, considerando as necessidades de sua população trabalhadora.
Quem tem direito ao novo salário mínimo paulista?

O novo piso estadual será aplicado a trabalhadores que não possuem piso salarial definido por convenções coletivas, acordos de trabalho ou legislações federais específicas. Isso inclui profissionais de setores como comércio, serviços gerais, limpeza, portaria, entre outros. Por outro lado, categorias com piso próprio, aprendizes e profissionais regidos por normas federais permanecem com as regras já estabelecidas para seus segmentos.
Além dos trabalhadores do setor privado, servidores públicos estaduais que recebem vencimentos abaixo do novo piso também serão contemplados por meio de um abono complementar. Essa medida visa garantir que nenhum servidor estadual ativo, aposentado ou pensionista receba menos que o valor estipulado para o salário mínimo paulista a partir de julho de 2025.
Quais são as diferenças entre o salário mínimo de São Paulo e o nacional?
Em 2025, o salário mínimo nacional passou a ser de R$ 1.518, enquanto o piso paulista foi reajustado para R$ 1.804. Essa diferença, que chega a quase 19%, evidencia a autonomia dos estados brasileiros para definir pisos regionais superiores ao valor nacional, desde que respeitadas as normas federais. O objetivo é ajustar o rendimento mínimo à realidade econômica e ao custo de vida de cada região.
- Salário mínimo nacional: R$ 1.518
- Salário mínimo estadual de São Paulo: R$ 1.804
- Variação percentual: cerca de 18,8% acima do nacional
Outros estados, como o Paraná, também adotam pisos regionais diferenciados, que podem variar conforme a categoria profissional. Essa prática permite que trabalhadores de regiões com maior custo de vida tenham uma remuneração básica mais adequada à sua realidade.
Como o reajuste do salário mínimo paulista afeta a economia?
O aumento do piso estadual tende a impactar diretamente o poder de compra dos trabalhadores que recebem o salário mínimo. Com mais recursos disponíveis, há potencial para estimular o consumo, movimentar o comércio e fortalecer setores de serviços. Por outro lado, empresas, especialmente as de menor porte, podem sentir aumento nos custos operacionais, o que exige planejamento para manter a sustentabilidade financeira e os empregos.
Especialistas em relações do trabalho apontam que o reajuste pode contribuir para a redução das desigualdades salariais e para a valorização da mão de obra. No entanto, também destacam a importância de monitorar possíveis efeitos sobre a geração de empregos, principalmente em segmentos mais sensíveis à elevação de custos.
O que muda para os servidores públicos estaduais?
Além do reajuste do piso, o governo paulista aprovou medidas para garantir que servidores estaduais não recebam menos que o novo salário mínimo regional. Um abono complementar será incorporado aos contracheques daqueles que, após o reajuste, ainda estiverem abaixo do valor de R$ 1.804. A iniciativa beneficia tanto servidores ativos quanto aposentados e pensionistas com direito à paridade, alcançando milhares de trabalhadores do setor público.
O pagamento do novo valor será realizado a partir da folha salarial de julho de 2025. Para dúvidas sobre enquadramento ou detalhes do reajuste, recomenda-se buscar informações junto ao sindicato da categoria ou à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo.