Os juros futuros brasileiros enfrentaram uma sessão volátil, predominantemente em alta, influenciados pelo cenário internacional tenso, especialmente pelas movimentações na curva americana e pelo conflito entre Israel e Hamas.
A taxa do contrato DI para janeiro de 2025 encerrou em 11,12%, enquanto a do DI para janeiro de 2026 subiu para 11,03%. Esse movimento reflete a persistência do estresse no mercado internacional.
Presidente do Banco Central afeta ponta curta da curva
Durante evento do Credit Suisse, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou declarações sobre desaceleração, impactando a ponta curta da curva de juros. Especialistas atribuem a volatilidade a ajustes técnicos relacionados aos prêmios nos vencimentos de longo prazo.
Campos Neto reforçou o compromisso do Banco Central com cortes de 0,5 ponto percentual, enquanto a economista-chefe do TC, Marianna Costa, destaca que dados recentes de atividade sugerem manutenção do ritmo, mas há incertezas quanto à extensão do ciclo de cortes.
Pressão nos Treasuries impacta mercado brasileiro
As preocupações fiscais nos EUA, somadas ao apoio de Biden a Israel, elevaram a pressão nos Treasuries. O aumento das taxas renovou máximas, atingindo 4,93% na T-Note de dez anos, influenciando os juros brasileiros.
Petróleo acima de US$ 90 e riscos inflacionários globais
O preço do petróleo, ultrapassando os US$ 90, destaca-se como ameaça inflacionária global. O conflito no Oriente Médio pode continuar impactando a atividade global se for prolongado.
Fonte: Broadcast
Imagem: Piqsels