O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (18) em seu menor nível desde 5 de outubro, marcando uma baixa de 1,60%, situando-se em 114.059,64 pontos. Esta queda significativa, a pior desde 21 de setembro, é reflexo da incerteza global, somada ao recente conflito no Oriente Médio e dúvidas sobre os juros nos Estados Unidos.
Petrobras em alta, mas setor bancário e Vale sofrem quedas expressivas
Apesar do avanço da Petrobras (+2,34% para ON e +2,26% para PN), impulsionada pelo preço do petróleo acima de US$ 91 por barril, não foi suficiente para compensar as perdas em Vale (-3,67%) e nos grandes bancos, como Itaú PN (-2,09%). O Ibovespa oscilou entre 113.952,11 e 115.907,04 pontos, refletindo a volatilidade do mercado.
Juros nos EUA e cenário fiscal aumentam aversão a risco
O aumento dos juros nos EUA para cerca de 5% impacta os fluxos destinados a emergentes, incluindo o Brasil. A atratividade da renda fixa nos países emergentes diminui, especialmente considerando o contexto de incerteza e aversão a risco. A Bolsa torna-se menos atrativa em comparação com os juros, apesar dos descontos acumulados em alguns papéis.
PIB da China é ponto positivo em meio à preocupação global
O PIB da China superar as expectativas foi a única notícia positiva para o mercado financeiro. No entanto, as leituras combinadas do varejo e construção nos EUA geram preocupações sobre a inflação americana, influenciando os juros a atingirem 4,90%.
Presidente do Banco Central aponta piora na percepção fiscal
Roberto Campos Neto, em evento do Credit Suisse, destaca que o aumento global nos juros reflete a piora na percepção fiscal. O CDS dos EUA, utilizado como métrica de risco-país, mostra uma deterioração significativa, possivelmente relacionada ao risco fiscal.
Impacto nos mercados globais, exceto na B3 com avanço da petrobras
O movimento nos juros dos EUA mais uma vez estressou os mercados globais, mas a B3 foi menos afetada devido à ascensão da Petrobras, que atingiu máxima histórica. Outros destaques positivos incluem Magazine Luiza, JBS e BB Seguridade.
Na sessão, Petrobras, Magazine Luiza, JBS e BB Seguridade resistiram a perdas, enquanto MRV, Gol e Assai registraram quedas expressivas.
Fonte: Broadcast
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