O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou na tarde desta segunda-feira (16) que o projeto de lei para a privatização da Sabesp será enviado para a Assembleia Legislativa ainda amanhã.
A privatização da Sabesp foi uma promessa de campanha do governador, mas no começo do mês, os funcionários entraram em greve pedindo o cancelamento dos estudos para o projeto.
Para o CEO da Sabesp, André Salcedo, há uma “janela potencial” para uma oferta de ações a partir de maio de 2024, após a publicação dos resultados de primeiro trimestre (1TRI24).
Hoje, as ações fecharam o dia em alta de 2,55%, a R$ 62,84.
Veja tudo que se sabe sobre a privatização da companhia
O que dizem os analistas?
As principais instituições financeiras do Brasil apostam na privatização da Sabesp – e concordam que isso é positivo para suas ações. Veja as recomendações:
*Continuidade do controle estatal: R$52/ação, que assume uma taxa de desconto maior e a continuidade de ineficiências de custos, e;
Privatização: R$62/ação, que assume uma taxa de desconto menor e a convergência de custos para os patamares de empresas privadas
A Greve
Os funcionários da Sabesp entraram em greve nesta terça-feira (3) pedindo o cancelamento dos estudos de privatização da Sabesp e um plebiscito para o projeto. A privatização da companhia é uma promessa de campanha de Tarcísio de Freitas.
O sindicato responsável pela greve na Sabesp, o Sintaema (Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo), alega que a privatização é desnecessária, destacando que a empresa está financeiramente saudável e já investiu cerca de R$ 40 bilhões no setor de saneamento em São Paulo, o que representa um terço dos investimentos em todo o Brasil.
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Em resposta à greve, o governo de São Paulo acusa os sindicatos ligados à Sabesp e ao Metrô de pressionarem a população do estado contra as privatizações. Segundo o governo, o programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações busca melhorar os serviços públicos para os cidadãos e está de acordo com a legislação brasileira. A nota oficial afirma que ao realizar greves ilegais, os sindicatos não apenas violam a lei vigente, mas também prejudicam a ordem pública e o aprimoramento das políticas públicas. O governo destaca a importância de líderes sindicais que respeitem a legalidade e atendam às necessidades da população.
Nos fatores de risco apresentados pela companhia a seus investidores, entretanto, a Sabesp previu que seus resultados pudessem ser afetados por protestos contra outro político: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Leia mais.
Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil