A Bolsa segue em campo positivo e se distancia das bolsas norte-americanas, com a notícia de que o governo chinês cortou a taxa de juros de referência (LPR) para empréstimos de cinco anos-de 4,60% para 4,45% e deixou inalterada da taxa de 1 ano em 3,7% para estimular à economia, o que ajudou o minério de ferro e refletiu nas empresas ligadas às commodities no índice.
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A Vale (VALE3), com maior peso no índice, subia 2,06%. Os destaques positivos são para a CSN (CSNA) e CSN Mineração (CMIN3) aumentavam respectivamente 4,32% e 4,04%, seguindo o bom humor da véspera com anúncio de recompra das ações.
Às 12h49 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 0,97%, aos 108.049,97 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho avançava 0,95%, aos 108.875 pontos. O giro financeiro era de R$ 11,2 bilhões. Em Nova York, as bolsas operavam em queda. Matheus Spiess, analista da Empiricus, disse que a alta de hoje na Bolsa é atribuída à China. O país veio com estímulos, ainda que marginais, redução de 15 pontos-base [na taxa de juros de empréstimos de longo prazo], é um fator importante e gera um bom humor no mercado. O minério de ferro subiu e impactou as commodities. O Brasil como é sensível à realidade de commodities acaba sendo impulsionado.
Spiess comentou que não descartaria mais volatilidade adiante porque a pressão inflacionária com respectivo aperto monetário nos países desenvolvidos, em especial nos Estados Unidos, e acaba impactando o mercado. O Brasil chegou a descolado no início do ano, mas acabou embarcando nesse mau humor de certa forma.
Uma das maiores queda da Bolsa é o Banco Pan (BPAN4), cai 2,93%. Segundo Spiess não há um motivo específico para essa realização
Em relatório, os analistas da Sul América Investimentos disseram que a Bolsa deve abrir em alta refletindo a tendência positiva dos futuros norte-americanos e a decisão do governo chinês reduzir os juros para estimular a economia. E acrescentaram que mercê destaque a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que deverá cortar R$ 10 bilhões do orçamento para abrir espaço no teto de gastos, para subsídios agrícolas e sentenças judiciais. Vale lembrar o aumento de 5% que o presidente Jair Bolsonaro prometeu aos servidores não está incluído.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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