Os juros futuros no Brasil registraram forte elevação nesta sexta-feira (13), influenciados por um cenário externo avesso ao risco e a valorização consistente do dólar em relação ao real. O ambiente de cautela é reflexo do quadro geopolítico desafiador e da resiliência da inflação nos Estados Unidos.
No mercado de derivativos, o DI para janeiro de 2025 subiu de 10,879% para 11,000%, enquanto o janeiro de 2027 avançou de 10,847% para 10,995%. Já o contrato para janeiro de 2029 passou de 11,307% a 11,450%. Este movimento reflete a busca por ativos considerados mais seguros em meio à incerteza global.
Apesar da alta dos rendimentos dos Treasuries nos EUA, o mercado brasileiro mostra um acúmulo de prêmios. Isso se deve ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, que causou um atraso nos ajustes em relação ao mercado americano. Investidores devem ficar atentos a este descompasso.
Curva perde inclinação na semana
No entanto, ao observarmos a semana como um todo, nota-se uma diminuição na inclinação da curva. O diferencial entre os contratos de janeiro de 2025 e janeiro de 2029 passou de 61 pontos-base para 45 pontos, alinhando-se ao movimento dos Treasuries. Este ajuste semanal é um sinal importante para investidores atentos às movimentações do mercado.
Impacto da pressão externa
A pressão externa sobre o mercado brasileiro também é evidente no câmbio, com o dólar atingindo R$ 5,08, e no aumento do petróleo Brent. Ambos são fatores que merecem a atenção de investidores devido aos potenciais efeitos na inflação doméstica, especialmente na política de preços da Petrobras.
O cenário internacional se complica com a escalada do conflito entre Israel e Palestina. A ordem para que os palestinos se retirem de uma região sugerindo uma provável invasão pode intensificar a volatilidade dos mercados, exigindo ainda mais cautela por parte dos investidores.
Fonte: Broadcast
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