O dólar à vista fechou a sexta-feira (13), em alta de 0,77%, atingindo R$ 5,0885, após tocar R$ 5,1027 durante o dia. A aceleração dos ganhos aconteceu devido às incertezas geradas pela escalada do conflito no Oriente Médio. A possível invasão terrestre da Faixa de Gaza por tropas israelenses levou os investidores a buscar proteção na moeda americana.
Apesar da alta, a divisa encerra a semana com baixa de 1,43%. A perspectiva de que não haverá aumento de juros nos EUA em novembro contribui para a queda. Discursos recentes de dirigentes do Federal Reserve indicam que a taxa básica americana já está em um nível restritivo.
Impacto dos indicadores
Além das questões geopolíticas, houve um ajuste de posições devido aos indicadores dos EUA. O índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro ficou ligeiramente acima do esperado, enquanto a pesquisa da Universidade de Michigan indicou queda no sentimento do consumidor e piora nas expectativas de inflação.
Treasuries
O índice DXY, referência do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, apresentou leve alta, atingindo cerca de 106,700 pontos. As taxas dos Treasuries recuaram, evidenciando aversão ao risco. O retorno da T-note de 10 anos, que recentemente chegou a 4,80%, agora está abaixo de 4,65%.
Petróleo e impacto na inflação
As cotações do petróleo dispararam, com o contrato do Brent para dezembro fechando em alta de 5,69%, a US$ 90,89 o barril. O avanço das cotações do petróleo pode pressionar a inflação global.
Perspectivas para política monetária
Por ora, não há mudanças nas expectativas para a política monetária nos EUA devido à guerra no Oriente Médio. O CME Group indica mais de 90% de chances de que o Federal Reserve mantenha a taxa básica inalterada em novembro.
Apesar das tensões, não há mudanças significativas nas expectativas para a política monetária nos EUA.
Fonte: Broadcast
Imagem: Piqsels