O dólar opera em alta, e as máximas já atingem os R$ 5,00. O temor cada vez maior por uma recessão global aumenta à medida que a economia dos Estados Unidos mostra sinais de desaceleração, e os efeitos da reabertura chinesa hoje ficam em segundo plano.
Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, a desaceleração americana mostra traços mais fortes de uma recessão global. O temor é que além dos juros venham mais medidas para segurar a economia de lá.
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Nagem, contudo, acredita que o intenso fluxo estrangeiro na bolsa ainda serve de suporte ao real: O dólar era para estar acima dos 3%, poderia ser pior. Ainda existe uma certa resistência para quebrar os R$ 5,00, opina.
De acordo com o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o exterior está pesado, e o dólar puxa lá fora. O movimento é uma correção de ontem”. O economista acredita que o aumento de 0,5% nas duas próximas reuniões do Federal Reserve (Fed) de fato já está precificado, mas agora pairam dúvidas de quanto tempo este ciclo irá durar.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o movimento não deve ser como ontem. O mercado está volátil, mas a China ainda exerce efeito positivo com as commodities, especialmente soja, milho e minério de ferro.
Weigt avalia que além do país asiático, os juros continuam tornando o Brasil atrativo, mas alerta: O auge da inflação está passando, e agora o medo é o crescimento global ser afetado, o que pode atingir as commodities e o real, chama a atenção.
Por volta das 15h29 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,78%, cotado a R$ 4,9800 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2022 avançava 0,75%, cotado a R$ 4.997,00.
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Paulo Holland / Agência CMA
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