A Petrobras anunciou uma parceria com o CDP, organização internacional referência no mapeamento de emissões, para incentivar 500 fornecedores a medir e reportar suas emissões de gases do efeito estufa (GEE). A participação é voluntária, mas representa uma oportunidade para análise dos modelos de gestão, governança e indicadores associados à redução de emissões dessas empresas.
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A petrolífera informou que, desde abril passado, essas empresas vêm sendo contactadas pelo CDP para responderem o questionário sobre o mapeamento e o monitoramento das suas emissões, disse a Petrobras.
A adesão da Petrobras ao programa Supply Chain (Cadeia de Fornecedores) do CDP tem o objetivo de reforçar a atuação da companhia na redução das emissões em sua cadeia de valor. Ela busca mapear as emissões indiretas, ou seja, aquelas resultantes de atividades relacionadas à produção de bens e serviços necessários às atividades e operações (escopo 3).
Acreditamos que a adesão a este programa do CDP reforça o compromisso da Petrobras com a redução de emissões de carbono, além de produzir um efeito mobilizador na cadeia de valor da companhia junto a centenas de fornecedores da companhia, afirma a gerente executiva de Suprimentos, Bens e Serviços da Petrobras, Marina Quindere.
Em 2021, a Petrobras anunciou que tem a ambição de atingir neutralidade das suas emissões das operações em prazo compatível ao Acordo de Paris, firmado durante a COP. A empresa também possui seis metas para redução de emissões resultantes diretamente das suas operações (escopos 1 e 2), inclusive a meta de reduzir as suas emissões absolutas em 25% até 2030.
A ação em parceria com o CDP está alinhada ao Programa Carbono Neutro da Petrobras, que visa acelerar a identificação e o desenvolvimento das soluções para descarbonização da empresa ao menor custo, com atuação nas emissões de toda a cadeia de valor.
Enxergamos a parceria como uma grande oportunidade para ampliarmos ainda mais o impacto dos compromissos e ações corporativas. E com isso, construir modelos de gestão para que o setor privado consiga estruturar planos assertivos em combate às emergências climáticas em setores críticos, afirma Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP América Latina.
Os 500 fornecedores que serão consultados foram definidos a partir de critérios como representatividade financeira, categorização estratégica ou crítica para os negócios e operações da companhia, volume de emissões que podem gerar e riscos associados ao meio ambiente, entre outros.
As empresas selecionadas fornecem produtos e serviços para todas as áreas da companhia, tanto operacionais quanto corporativas.
O atual Plano Estratégico da Petrobras prevê o investimento de US$ 2,8 bilhões no período entre 2022 e 2026 para redução e mitigação de emissões, incluindo investimentos em eficiência operacional incorporados nos projetos para mitigação das emissões (escopos 1 e 2), bioprodutos (diesel renovável e bioquerosene de aviação) e pesquisa e desenvolvimento.
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Cynara Escobar / Agência CMA
Imagem: Geraldo Falcão / Agência Brasil
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