Nesta quarta-feira (11/10), o conselheiro Luiz Hoffmann participou de sua última sessão de julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em solenidade realizada antes do início da reunião do colegiado, Hoffmann foi homenageado por integrantes da autarquia, servidores e representantes da comunidade antitruste.
O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), Bruno Drago, relembrou a trajetória profissional do conselheiro, destacando que sua atuação trouxe segurança jurídica para as decisões do Cade. “Seus posicionamentos contribuíram para sedimentar ainda mais a grandeza deste Conselho, outras vezes contribuíram simplesmente para dissipar eventuais ruídos. Se entregou, e deu o melhor de si nesse período”, disse.
O ex-conselheiro Maurício Oscar Bandeira Maia, por sua vez, também relembrou a fase em que atuou junto ao conselheiro no Tribunal Administrativo, apontando que Hoffmann sempre teve uma boa relação com o mercado e um vasto saber técnico. “Espero que o direito concorrencial, para além do seu legado no Cade, continue contando com seu brilhantismo e profundo conhecimento”, afirmou.
Já Walter Agra, ex-procurador-chefe do Cade, afirmou que o bom senso é uma das marcas que permearam seu trabalho na autarquia. “Em breve, outros virão para o Tribunal, e que eles busquem seguir os que aqui estão e vejam o legado que vossa excelência deixa, que já é um grande norte para todos nós”, falou.
Também na cerimônia, o presidente da Comissão de Defesa da Concorrência da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais, Arthur Villamil, definiu Hoffmann como um profissional brilhante, com uma formação consistente na área do direito concorrencial. “Votos seus foram extremamente relevantes para desligues de controvérsias que haviam em relação à análise de atos de concentração, com interpretações muito importantes”, enfatizou.
O empresário e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, destacou que Hoffmann, desde o início do mandato, demostrou equilíbrio, inteligência, competência e seriedade. “Sua experiência no setor privado contribuiu e complementou a experiência de outros conselheiros do setor público, aprimorando os trabalhos dessa importantíssima instituição para o país, que é o Cade”, ressaltou.
O representante do Ministério Público Federal junto ao Cade, Waldir Alves, relembrou os bons debates e trocas de ideias que tiveram nesses anos, além das parcerias firmadas ao longo dos anos. “Que toda essa expertise e densidade teórica continue ativa e atuante no âmbito concorrencial. Ganha a academia, os alunos, o bom mercado e o sistema brasileiro de defesa da concorrência”, concluiu.
O superintendente-geral Alexandre Barreto relembrou alguns casos em que a atuação do conselheiro foi crucial. “O seu mandato foi marcado por uma atuação responsável, técnica, consistente e coerente. Em diversos processos, sua posição foi basilar e fundamental para a construção da melhor decisão pelo Cade”, destacou.
O presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, frisou que o conselheiro Hoffmann sempre foi competente, habilidoso e dedicado aos casos que relatou no Tribunal. “Você representou não só a classe dos advogados aqui nesse Conselho, mas elevou muito o nível e trouxe equilíbrio para o colegiado”, destacou.
Representando os servidores, Rafael Parisi, chefe de gabinete do conselheiro, enfatizou a disponibilidade de Hoffmann em dialogar, ouvir todos os interessados e, sobretudo, ensinar. “Sua missão institucional não será esquecida. Tenha muito orgulho de tudo o que você construiu aqui no Cade. Você, certamente, ficará marcado na história da instituição”, disse. Também na ocasião, falaram os servidores Lucas Barrios e Nathalie Frias.
Encerrando as homenagens, o conselheiro Luiz Hoffmann fez um balanço do trabalho desenvolvido em seu gabinete durante seu mandato. “Foram anos de muito esforço. Minha equipe e eu nos dedicamos ao máximo para julgar os casos em parâmetros técnicos e com a consciência tranquila”, concluiu.
Com informações da assessoria de imprensa do Cade