Apesar da leitura positiva do IPCA de setembro, os juros futuros apresentaram elevação nesta quarta-feira (11), refletindo a cautela antes do feriado no Brasil. Investidores permanecem atentos à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, agendada para amanhã.
O mercado reagiu a um ajuste nas apostas para a Selic nas próximas reuniões do Copom, com especulações de que o Banco Central teria sinalizado maior probabilidade de desacelerar o ritmo de cortes da Selic em comparação a uma ampliação.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,870%, enquanto a do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,54% para 10,63%. O mercado, que iniciou o dia com estabilidade, enfrentou uma tarde de ajustes em meio a rumores e redução de posições.
Rumores sobre a Selic impulsionam alta nas taxas de curto prazo
Rumores sobre o presidente do BC, Roberto Campos Neto, teriam influenciado a magnitude de alta na ponta curta da curva do DI. Investidores reagem a supostas declarações sobre a probabilidade de desacelerar o ritmo de queda da Selic em encontros fechados realizados no Marrocos.
Na tarde pré-feriado, a curva do DI indicava 100% de chance de queda de 50 pontos-base na taxa básica para o Copom de novembro. Para dezembro, a probabilidade de queda de 25 pontos subiu para 32%, sinalizando ajustes nas expectativas dos investidores.
Mercado local não segue Treasuries, mas alívio com ata do Fed é percebido
Apesar dos ajustes pré-feriado, a curva local não acompanhou o fechamento das taxas dos Treasuries de longo prazo. O retorno da T-Note de dez anos e a ata do Federal Reserve trouxeram certo alívio aos mercados, reforçando a ideia de manutenção dos juros na reunião de novembro.
Fonte: Broadcast
Imagem: Piqsels