Com agenda esvaziada aqui e nos Estados Unidos, o Ibovespa futuro sobe seguindo o bom humor no exterior-que tenta se recuperar após a queda da véspera nas bolsas norte-americanas- com os investidores à espera das falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) e repercutindo as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, ontem, de que a alta de juros deve ter mantida em 0,50 ponto porcentual (pp) para as duas próximas reuniões e que o aumento de 0,75 pp não é considerado pelo colegiado.
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Entre as falas aguardadas de integrantes do Fed, o destaque fica para a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, que já disse anteriormente que não descartaria uma elevação de 0,75 pp nos juros.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em junho subia 0,40%, aos 107.370 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias avançavam. Na Ásia, os índices fecharam em alta
Por aqui, a safra de balanços do 1T22 corporativos segue intensa. Ontem, a B3 (B3SA3) reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no 1T22, uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje após o fechamento, serão divulgados os resultados da Cemig (CMIG4) e Cosan (CSAN3). Segundo analistas do mercado, das 77 empresas que já reportaram resultados, 48% vieram melhor que o esperado.
A Petrobras segue no radar nos investidores. Ontem, em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro disse que espera a redução dos preços dos combustíveis e vai ter de recorrer à Justiça, mas acredita que não ganhe. No dia anterior, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse queque pedirá estudos para privatizar a Petrobras.
Os investidores também monitoram a China, após autoridades chinesas afirmarem que as medidas de restrições em Xangai devem ser relaxadas ainda este mês e não deve ter lockdown em Pequim. As commodities podem ser beneficiadas.
Os analistas da Sul América Investimentos disseram, em relatório, que “diante de uma agenda sem indicadores, o Ibovespa deve acompanhar a alta dos futuros em Nova York”.
Os analistas da Ajax Capital, em relatório, afirmaram que a abertura da Bolsa deve ser positiva “por conta da redução de aversão ao risco no exterior”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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