A Petrobras rejeitou, em março deste ano, um pedido do governo dos Estados Unidos de aumentar sua produção de petróleo, em vista da guerra da Ucrânia, de acordo com fontes ouvidas pela agência Reuters.
A guerra do leste europeu acabou por aumentar os preços da commodity no mercado internacional exponencialmente. No dia da invasão russa ao país, o barril do petróleo brent estava em torno de US$ 98. Em março, quando o pedido à estatal foi feito, o valor chegou a US$ 128.
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A preocupação dos investidores neste momento estava relacionada a uma possível falta de oferta, já que a Rússia é a maior exportadora de petróleo do mundo e, à medida que sanções fossem implementadas, o mercado poderia perder esse volume.
Dito e feito, as sanções estabelecidas pela União Europeia e pelos Estados Unidos acabaram por atrapalhar a venda de petróleo russo no mercado internacional, e com isso, diminuir a oferta com um aumento significativo da demanda.
A Petrobras, entretanto, se negou a acatar o pedido americano, que prezava não só por um controle na oferta e demanda no mercado, mas bem como no controle dos preços do produto – já que os Estados Unidos é o país que mais importa petróleo.
Com os aumentos dos preços da commodity no mercado internacional – e consequentemente nacional devido a PPI – a estatal conseguiu gerar uma margem de lucro 3.718% maior no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com as informações das fontes da agência, os funcionários da Petrobras afirmaram que a produção estava ligada a uma estratégia de negócios, não tendo uma função diplomática, além de que, um aumento significativo seria impossível no curto prazo devido a razões logísticas.
Funcionários da Petrobras disseram que os níveis de produção eram uma função da estratégia de negócios e não da diplomacia e também que um aumento significativo da produção no curto prazo não seria logisticamente possível, disseram as fontes.
A estatal negou que tivesse feito reuniões com “representantes do Departamento de Estado dos EUA”.
As fontes da Reuters, tanto do governo dos EUA quanto da Petrobras, afirmaram que o contato foi feito entre o governo brasileiro, o governo americano e funcionários da petroleira em uma reunião informal, e que, durante a reunião de março, os EUA perguntaram qual seria a capacidade da petrobras de aumentar sua produção a curto prazo.
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Imagem: Geraldo Falcão / Agência Brasil