O presidente da unidade de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), John Williams, afirmou que reduzir a inflação atual é a principal missão do banco central no momento e está otimista de que terá sucesso.
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“O desafio para a política monetária hoje é claro: reduzir a inflação mantendo uma economia forte”, disse Williams no simpósio internacional do NABE e Bundesbank, na Alemanha.
“Estou confiante de que temos as ferramentas certas para atingir nossos objetivos”, disse ele, explicando que os fatores sob controle do Fed afetam os setores da economia onde há atualmente os maiores sinais de superaquecimento.
Williams indicou que as compras de bens duráveis maiores fontes de desequilíbrios, e disse que as ações do Fed vão resolver isso e “também diminuir o aperto no mercado de trabalho, reduzindo o desequilíbrio entre vagas de emprego e mão de obra disponível.”
Williams, que também atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) para definição de taxas de juros, não ofereceu em suas observações formais orientações firmes sobre o que vem a seguir para a política monetária, além de dizer que o Fed trabalhará agressivamente para reduzir os preços altos.
O Fed coletivamente “indicou que antecipa que os aumentos contínuos na faixa da meta serão apropriados”, disse Williams. “Espero que o FOMC se mova rapidamente para trazer a taxa dos fundos federais de volta a níveis mais normais este ano”.
“Estou resolutamente focado em restaurar a estabilidade de preços, que é a base para uma economia vibrante e saudável”, afirmou ele.
Williams disse que a inflação está sendo impulsionada por interrupções pandêmicas e demanda excessiva por trabalhadores. Mas ele espera que a inflação esfrie à medida que o ano avança, e disse que espera que o índice índice de preços para os gastos pessoais (PCE) caia para 4% este ano e depois para cerca de 2,5% no próximo ano, antes de cair para 2% depois disso.
Williams disse que as contratações e a atividade geral devem “continuar a mostrar força e resiliência” e, para este ano, o crescimento deve ficar em torno de 2% e a atual taxa de desemprego de 3,6% deve permanecer por grande parte do ano.
Julio Viana / Agência CMA
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