O Ibovespa fechou em alta de 1,37%, atingindo 116.736,95 pontos, seu maior nível desde setembro. A recuperação de três dias reverteu a tendência negativa do mês, acumulando agora um leve ganho de 0,15% em outubro.
Na semana, o índice avançou 2,25%, enquanto no ano registra um ganho de 6,38%. O volume financeiro atingiu R$ 20,1 bilhões nesta terça-feira. Destaque para o desempenho positivo de empresas como Vale e Petrobras.
Ações em destaque
CVC liderou os ganhos (+16,48%), seguida por Pão de Açúcar, Azul, Gol e Magazine Luiza.
No sentido oposto, apenas sete dos 86 papéis da carteira Ibovespa registraram queda, com Alpargatas liderando as perdas (-4,34%).
Influência dos Treasuries dos EUA
A acomodação nos rendimentos dos Treasuries, especialmente o de 10 anos a 4,65%, influenciou positivamente os índices em Nova York. Esta tendência, aliada à reabertura do mercado de Treasuries após o feriado, impulsionou a Bolsa brasileira.
Setores em foco
Os setores de consumo e varejo apresentaram bom desempenho, impulsionados pela melhora nos índices americanos. O pacote bilionário para infraestrutura na China também contribuiu para o avanço de setores como o metálico.
Impacto no mercado de petróleo
Após os ataques do Hamas, os preços do petróleo reagiram, mas a queda observada nesta terça-feira sugere uma normalização. A decisão do Irã de não se envolver no conflito alivia a pressão sobre os preços globais.
Câmbio e desafios futuros
A depreciação do real em relação ao dólar, devido à menor diferença entre os juros brasileiros e americanos, pode limitar a capacidade do Banco Central de reduzir a taxa Selic. O Bradesco projeta uma Selic de 11,75% no fim de 2023 e 9,25% ao término do ciclo de cortes.
Perspectivas futuras
Após um período de volatilidade, a Bolsa brasileira demonstra sinais de recuperação, impulsionada por fatores internos e externos. Investidores devem monitorar de perto os desdobramentos nos EUA, China e no mercado de petróleo para tomar decisões informadas.
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