Os fundos de ações e multimercados sofreram R$ 14 bilhões de resgates líquidos em abril, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A classe de ações registrou retiradas de R$ 7,3 bilhões, enquanto os multimercados de R$ 6,7 bilhões. É o oitavo mês consecutivo que esses fundos têm mais retiradas do que aplicações. A indústria de fundos como um todo teve captação líquida positiva de R$ 38,5 bilhões – diferença entre R$ 844,48 bilhões de aportes e R$ 805,98 bilhões de resgates.
“As altas da Selic e o desempenho do Ibovespa em abril, que foi o pior dos últimos dois anos, contribuem para uma maior aversão a risco dos investidores, que, geralmente, se traduz em saídas dos produtos considerados mais arriscados e ida para a renda fixa”, explica Pedro Rudge, vice-presidente da ANBIMA.
A classe de renda fixa encerrou o mês com captação líquida positiva de R$ 4,9 bilhões. Apesar de positivo, o valor é inferior aos registrados nos últimos meses por conta de um resgate concentrado de um único fundo de R$ 13 bilhões.
Os fundos de previdência registraram retiradas líquidas de R$ 2,9 bilhões – quase o dobro dos resgates de março.
Rentabilidades
Os fundos multimercado long and short neutro (fazem operações de ativos e derivativos, montando posições compradas e vendidas) tiveram a melhor rentabilidade da classe no mês: 2,86%. Dentre os demais tipos da classe, apenas o estratégia específica (adota estratégia que implique riscos específicos, por exemplo, commodities) teve retorno negativo com 1,01%. Na classe de renda fixa, o destaque foi o tipo duração alta grau de investimento (aplica, no mínimo, 80% em títulos públicos e/ou ativos de baixo risco) com 1,59%. Todos os fundos de ações fecharam no negativo. O menos impactado foi o mono ação (tem estratégia de investimento em apenas uma empresa) com rentabilidade negativa de 4,90%.
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Com informações da Anbima.