O dólar à vista registrou uma queda significativa nesta terça-feira, encerrando abaixo da marca de R$ 5,10. Esse movimento foi impulsionado pelo enfraquecimento da moeda americana no cenário internacional e pela redução das taxas dos Treasuries. O Federal Reserve, em suas sinalizações recentes, indicou a possibilidade de não elevar mais os juros neste ano, abrindo espaço para a valorização de ativos de risco. Este cenário foi favorecido também pela perspectiva de estímulos econômicos na China.
No mercado internacional, as cotações do petróleo apresentaram um recuo moderado, refletindo a expectativa de que o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas não terá impactos severos na oferta da commodity, após uma elevação de mais de 4% no dia anterior.
Desempenho do dólar e outros indicadores
A divisa operou em baixa ao longo do dia, atingindo sua mínima a R$ 5,0552 na última hora de negócios. Encerrou o dia cotada a R$ 5,0562, marcando uma baixa de 1,44%, retornando a níveis observados no final de setembro. Após uma alta de 2,69% na semana passada, acumula agora uma desvalorização de 2,05% nas duas últimas sessões. O contrato de dólar futuro para novembro teve um volume expressivo, ultrapassando os US$ 14 bilhões.
No exterior, o índice DXY, referência do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, recuou e voltou a ser negociado abaixo da linha dos 106.000 pontos. A moeda americana também apresentou queda frente às divisas emergentes e de países exportadores de commodities.
A taxa da T-note de 10 anos desceu de 4,80% para operar ao redor de 4,65%, em resposta às sinalizações do Federal Reserve.
Projeção do Bradesco
O Bradesco revisou sua projeção para o dólar no fim de 2023, elevando de R$ 4,80 para R$ 5,0. Contudo, mantém a expectativa de fortalecimento do real ao longo de 2024, chegando a R$ 4,80. Essa projeção leva em conta um aumento nas estimativas para a taxa básica de juros americana em 2024, indo de 3,25-3,5% para 4,25-4,5%.
Imagem: Piqsels