O Fed (Federal Reserve), o banco central americano, decidiu aumentar a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, atingindo o intervalo entre 0,75% e 1%. A decisão de aumentar os juros pela segunda vez consecutiva foi unânime.
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Segundo o press release do órgão, o principal motivo para o aumento da taxa de juros são os impactos da Guerra na Ucrânia, juntamente com o lockdown na China.
“A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica. Além disso, os bloqueios relacionados ao Covid na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários”, disse o Fed.
“Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços”, destacou o banco.
O Fed também disponibilizou dados sobre o programa de redução de balanço de ativos, que começará no dia 1° de junho.
A autoridade monetária reduzirá sua participação nos títulos do Tesouro, com a venda de títulos inicialmente fixada em US$ 30 bilhões por mês (entre junho e agosto), aumentando para US$ 60 bilhões por mês em setembro.
No setor de dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, o limite inicial será de US$ 17,5 bilhões por mês e, após três meses, aumentará para US$ 35 bilhões por mês.
A expectativa do Fed é de que seu balanço caia cerca de US$ 47,5 bilhões por mês em junho, julho e agosto, e US$ 95 bilhões por mês em setembro.
Imagem: Wikimedia Commons