O dólar à vista encerrou em queda de 0,62%, a R$ 5,1300, após operar entre leve alta e estabilidade. A virada ocorreu devido à retomada do apetite ao risco global, impulsionada pela alta das bolsas em Nova York. A fala de dirigente do Federal Reserve, indicando menor chance de aumento dos juros, também influenciou. Além disso, há rumores de negociações de trégua entre Hamas e Israel.
Geopolítica e dólar
Nos primeiros minutos, o dólar ensaiou alta diante de temores geopolíticos. O ataque do Hamas a Israel gerou tensões, mas a ausência de negócios com Treasuries devido ao feriado nos EUA diminuiu a liquidez. A reação do mercado está sujeita ao impacto de operações pontuais.
Petróleo e incertezas
O Irã, apoiador do Hamas, nega envolvimento, mas preocupa, pois abriga o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do petróleo mundial. Uma escalada pode resultar em alta mais forte do petróleo e um choque inflacionário. As cotações do petróleo, após forte queda, subiram mais de 4%, respeitando o teto de US$ 90 o barril.
Desdobramentos e cautela do Fed
Philip Jefferson, vice-presidente do BC americano, destacou cautela em relação à política monetária. Apesar da inflação “muito elevada”, vê sinais “encorajadores”. Investidores atentos às próximas decisões do Fed, considerando indicadores econômicos e taxas dos Treasuries.
Imagem: Piqsels