O Ibovespa teve um desempenho resiliente, encerrando em alta de 0,86% aos 115.156,07 pontos, o maior patamar de outubro. A reviravolta em Nova York, impulsionada pelos ganhos da Petrobras, foi crucial, mesmo em um cenário de aversão a risco devido à guerra no Oriente Médio.
O destaque ficou para Petrobras (ON +4,10%, PN +4,30%), que superou os ganhos do Brent. O setor de utilities, como Eletrobras (ON +1,87%, PNB +2,32%), também teve bom desempenho. O mercado movimentou R$ 19,0 bilhões, indicando a atratividade mesmo em meio à volatilidade.
Guerra no Oriente Médio e impactos no mercado
A guerra deflagrada pelo Hamas no Oriente Médio gerou aversão ao risco. A possibilidade de prolongamento dos combates pressionou as cotações do petróleo, especialmente devido à rivalidade entre Israel e Irã. A preocupação com a interrupção do fluxo de petróleo pelo Estreito de Ormuz, por onde passa 20% da produção global, impulsionou os preços do Brent.
Perspectivas e riscos
Especialistas afirmam que o impacto nos ativos pode ser limitado se o conflito não se estender. A rápida exaustão da guerra é uma possibilidade levantada, mas os investidores mantêm cautela.
Setores afetados
Além do setor petrolífero, outras ações foram influenciadas. O setor metálico sentiu os reflexos da reabertura dos negócios na China, com ações em baixa devido à referência de preços do minério de ferro.
Destaques na bolsa
Na ponta perdedora, Grupo Casas Bahia (-4,92%), Azul (-2,97%) e Alpargatas (-2,61%) tiveram desempenho negativo.
Por outro lado, Prio (+8,78%), PetroReconcavo (+8,70%) e 3R Petroleum (+6,01%) lideraram os ganhos, à frente de Petrobras e Magazine Luiza (+4,49%).
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