O Itaú Unibanco avalia que o ritmo de corte da Taxa Selic só deve acelerar em dezembro, prevendo encerrar 2023 em 11,50% ao ano e atingir 9,00% no ano seguinte, conforme aponta o Comitê de Política Monetária (Copom). O banco destaca que a evolução do cenário internacional e a situação fiscal doméstica serão fatores cruciais para determinar a extensão e a velocidade da flexibilização monetária nos próximos meses.
Decisão do Copom prevê aceleração do corte da Selic
O economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, ressalta que a ata da última reunião do Copom reforçou a manutenção do ritmo atual de redução dos juros. Ele afirma que o Relatório de Inflação de setembro também está em linha com a expectativa do banco e o consenso de mercado, indicando que a taxa básica de juros deve encerrar em torno de 9,00% ao ano neste ciclo de flexibilização monetária.
Projeções para o câmbio
Em relação à taxa de câmbio, o Itaú mantém a estimativa de R$ 5,00 para 2023 e R$ 5,25 para o fechamento do próximo ano. O banco justifica que fatores como o dólar forte globalmente, o menor erspectivas para o PIB e desemprego
O Itaú não altera suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,9% para 2023 e 1,8% para 2024. A instituição prevê alguma desaceleração na atividade econômica no segundo semestre, com menor contribuição do setor agropecuário. Quanto à taxa de desemprego, o banco mantém sua estimativa de 8% para o final de 2023 e 2024.
Esses cenários indicam que os investidores devem acompanhar de perto a evolução do cenário internacional, a política fiscal doméstica e os movimentos do Copom para tomar decisões informadas nos próximos meses.
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