O conflito entre Israel e a milícia palestina Hamas já contabiliza mais de 1.100 mortos neste fim de semana, conforme a agência de notícias Reuters. O ataque terrorista, com lançamento de foguetes, invasão de comunidades israelenses e sequestros neste sábado desencadeou uma ofensiva de Israel ao território palestino em Gaza no domingo.
A tensão entre Israel e o Hamas é constante, mas o ataque dos militantes no sábado ocorreu sem aviso prévio, sendo considerada o ataque mais severo enfrentado por Israel há décadas. Israel respondeu com ataques aéreos, alegando mirar alvos da milícias em Gaza.
O evento levanta questões sobre a inteligência israelense, considerando o aparato de segurança do país e as medidas de vigilância ao longo da fronteira com Gaza. A invasão do Hamas, que contornou a cerca de segurança, aponta para uma possível falha na inteligência israelense e surpreendeu muitos observadores.
Preços do petróleo
O Hamas é historicamente apoiado pelo Irã. O envolvimento do país no planejamento do ataque levanta questões sobre as exportações de petróleo iranianas e a postura dos Estados Unidos em relação às sanções.
Os preços do petróleo devem se manter sustentados a curto prazo, de acordo com traders de petróleo entrevistados pelo MarketWatch, enquanto os investidores avaliam as consequências do ataque surpresa do Hamas a Israel e o papel desempenhado pelo Irã, além do impacto potencial nas exportações.
Embora não haja impacto direto no suprimento a curto prazo, a evolução dos acontecimentos nas próximas 24 a 48 horas pode mudar esse cenário.
Os contratos futuros de petróleo Brent, referência global, e os futuros de WTI aumentaram mais de 3% na abertura do mercado no domingo à noite. Movimentos nos preços do petróleo também servirão como indicadores das preocupações mais amplas do mercado em torno do conflito.
Brasileiros em Israel
A Embaixada brasileira em Tel Aviv já colheu os dados de cerca de 1 mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a maioria é de turistas que estão em Israel.
Os interessados preencheram um formulário online disponível no site da embaixada. Segundo o órgão, o preenchimento do formulário não assegura direito à repatriação e a inclusão na lista de passageiros será informada posteriormente.
O Itamaraty diz que segue acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras na região. A estimativa é que 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina, a grande maioria fora da área afetada pelos ataques.
O governo brasileiro reservou seis aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para a repatriação. Ainda neste domingo (8) um avião irá decolar com destino a Roma, na Itália, para trazer os brasileiros que tentam sair da Palestina ou de Israel devido ao conflito iniciado neste fim de semana.
Imagem: Reprodução-Jornal Nacional