As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda nesta manhã, após IPCA-15 abaixo da expectativa do mercado. Os agentes limpam das apostas precificações mais agressivas de alta da Selic à frente.
Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o IPCA-15 em 1,73% ficou um pouco abaixo da expectativa de 1,85%. “O índice tem todo o impacto da alta dos combustíveis, transportes +3,4%, e ainda alimentos +2,25%. Mas com o fim da bandeira tarifária a partir do dia 16, o índice cheio de abril terá forte queda para próximo 0,7%”, disse.
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Já a Mirae Asset prevê o IPCA entre 0,85% e 0,90%. “A antecipação da mudança da bandeira tarifária para 16 de abril, quando passou a vigorar a “bandeira verde”, irá reduzir as contas de luz em cerca de 20%, contribuindo para a desaceleração do índice contra o divulgado hoje”, disse. “Contamos também com a atenuação das altas de combustíveis e alimentos”, completou.
Para Enrico Cozzolino, especialista em ações da Levante, o movimento de hoje é pontual, com mercado a procura de ativos de menor risco. “Seguimos com tendência de alta, mas talvez vejamos uma mudança de discurso do BC, porque mercado tem precificado volatilidade expressiva no curtíssimo prazo”, disse.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 12,970% de 13,020% no ajuste anterior projetava taxa de 12,540%, de 12,710%, o DI para janeiro de 2025 ia a 12,005%, de 12,140% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,870% de 11,980%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 4.9630 para venda.
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Pedro de Carvalho / Agência CMA
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