As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda nesta manhã, após IPCA-15 abaixo da expectativa do mercado. Os agentes limpam das apostas precificações mais agressivas de alta da Selic à frente.
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Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o IPCA-15 em 1,73% ficou um pouco abaixo da expectativa de 1,85%. “O índice tem todo o impacto da alta dos combustíveis, transportes +3,4%, e ainda alimentos +2,25%. Mas com o fim da bandeira tarifária a partir do dia 16, o índice cheio de abril terá forte queda para próximo 0,7%”, disse.
A Bolsa tem uma sessão mais otimista e sobe mais de 1%, firme nos 109 mil pontos, após sete pregões seguidos em baixa, impulsionada pela boa notícia vinda da China de que o governo vai alavancar a economia com investimentos em infraestrutura. O minério e ferro subiu em Dalian e as ações de empresas ligadas à commodity avançam no Ibovespa.
Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, disse o principal fator para a alta na Bolsa na sessão de hoje está relacionada ao anúncio do governo chinês sobre investimentos em infraestrutura. “Quem dita a regra é a China no que diz respeito às commodities e essa notícia veio a calhar para dar uma animada no mercado, a preocupação era grande em relação aos lockdowns no país por causa da covid-19”.
O dólar opera em alta, com volatilidade. Mais do que a China, isso reflete a espera pelas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e, principalmente, do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que ocorrem na próxima semana. Para o analista da Ouro Preto investimentos, Bruno Komura, “o mercado está de lado, mas a inflação ainda dá um alívio na curva de juros. O mercado reagiu positivamente à China, mas a espera é pelo Copom e Fomc, que deve ter um discurso mais hawkish (duro). Isso deve fazer com que o dólar suba ainda mais na próxima semana”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h35 (de Brasília):
IBOVESPA: 109.948 pontos (+1,60%)
DÓLAR À VISTA: R$ 4,9830 (-0,12%)
DI JAN 2023: 12,940% (-0,53%)
DI JAN 2027: 11,845%(-1,00%)
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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