O Ibovespa futuro sinaliza mais um dia de falta de apetite ao risco e recua mais de 1% acompanhando o exterior. Os investidores ficam cautelosos em relação à alta de juros nos Estados Unidos, menor crescimento global, o avanço da covid-19 na China e a pressão das commodities. O petróleo cai mais de 4% no mercado internacional.
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O mercado fica preocupado de que a maior economia do mundo estenda as restrições, por conta da pandemia do coronavírus, para mais cidades do país impactando a economia.
Na sexta-feira (22), a Bolsa fechou em queda de 2,85% e na semana acumulou perda de 4,40% refletindo o movimento do dia anterior -o Ibovespa estava fechado por conta do feriado de Tiradentes- com os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmando que o aumento de 0,50 ponto porcentual (pp) já deve vir na reunião de maio.
Por aqui, os investidores esperam para essa semana o balanço da Vale na quarta-feira (27), após o relatório de produção ter decepcionado o mercado. No mesmo dia, a Petrobras divulga as prévias operacionais no primeiro trimestre de 2022.
Às 9h46 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em junho caía 1,30%, aos 111.375 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias registravam queda. Na Ásia, os índices fecharam em baixa.
Os analistas da Commcor corretora, apontaram em relatório, que as quedas nas principais praças internacionais “alimentam apostas para uma abertura baixista para a Bolsa e com destaque para a queda do petróleo -foco no lockdown na China- e fechamento da curva de juros norte-americana”.
Para os analistas da Mirae Asset, a semana começa com mais um dia complicado em que as bolsas internacionais estão em queda e podem contaminar a Bolsa “com o mercado atento às decisões dos bancos centrais fazendo frente à escalada de preços pela alta das commodities, além da guerra na Ucrânia, pandemia na China e, por aqui, um ambiente doméstico mais polarizado”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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