As atenções dos investidores, nesta sexta-feira, se concentram na divulgação do “payroll” – relatório de folhas de pagamento do mercado de trabalho não agrícola dos Estados Unidos, às 9h30, e seus impactos na política monetária da maior economia do mundo. Na semana, saíram dois dados de emprego nos EUA, mas o payroll é considerado o mais confiável.
Na quarta-feira, a pesquisa ADP de geração de vagas de trabalho no setor privado americano, em setembro, mostrou números abaixo das estimativas. Por outro lado, na terça-feira, o relatório Jolts havia indicado que a abertura de vagas de emprego, em agosto, voltou aos patamares de maio, depois de cair em junho e julho.
Os EUA divulgaram que houve 207 mil pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada em 30 de setembro, com aumento de 2 mil em relação ao número revisado da semana anterior. O dado ficou abaixo das expectativas.
Os efeitos nos títulos do tesouro americano (Treasuries) da expectativa de juros elevados por mais tempo seguem no radar de todo o mundo. Ontem, a presidente do Federal Reserve (FED) de San Francisco, Mary Daly, defendeu que as taxas de juros dos Estados Unidos sejam mantidas na reunião de novembro.
O escritório de estatísticas alemão Destatis informou hoje que, na maior economia europeia, as encomendas à indústria cresceram 3,9%, em agosto, após a queda de 11,3% registrada em julho.
Os temores de que o ambiente econômico mais desafiador resultem em arrefecimento na demanda por petróleo levaram à queda das cotações internacionais pelo segundo dia consecutivo. O barril WTI negociado para novembro teve desvalorização de 2,27%, para US$ 82,31, e o do brent para dezembro registrou baixa de 2,03%, para US$ 84,07.
Hoje, a Bolsa de Tóquio fechou com baixa de 0,26%. Por conta do feriado de Golden Week, não houve negociação na Bolsa de Shanghai. As bolsas europeias abriram em alta.
Por volta de 7h30, o S&P 500 futuro tinha elevação de 0,25%, e o Stoxx Europe operava com valorização de 0,57%.
O petróleo subia 0,28%, com o WTI a US$ 81,04 o barril. O brent tinha alta de 0,17%, a US$ 84,21. Já o minério de ferro caía 0,29%, em Singapura, a US$ 114,80.
O bitcoin operava em alta de 1,14%, a US$ 27,782 mil.
Brasil
No país, investidores seguem atentos aos rumos da inflação e das taxas de juros, além de monitorar as falas do governo em relação ao que será feito para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024.
Às 8h00, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informa o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro.
O Banco Central deve apresentar, às 9h00, o relatório de poupança relativo a setembro, que estava previsto para sair ontem, mas atrasou por conta da mobilização de seus funcionários.
Hoje também é dia de divulgação, às 10h00, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de dados do desempenho da indústria automobilística no mês passado.
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), divulgado pela FGV, teve queda de 1,74%, em setembro, ante alta de 1,86% em agosto.
As incertezas em relação ao cenário econômico global resultaram em queda de 0,28% do Ibovespa, para 113.284 pontos. No mês, a principal referência da B3 acumula desvalorização de 2,81% e, no ano, alta de 3,24%.
Ontem, o dólar subiu 0,32%, para R$ 5,1687.
Empresas
O grupo varejista francês Casino – que controla o Grupo Pão de Açúcar no Brasil – fechou acordo referente à sua reestruturação financeira com um consórcio de investidores, liderado pelo empresário checo Daniel Kretinsky, e bancos e outros credores.
A Vale pretende triplicar a produção de cobre, para 1 milhão de toneladas, e dobrar a produção de níquel, segundo o vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da companhia, Gustavo Pimenta.
Ontem, a mineradora BHP disse não estar envolvida em qualquer tipo de negociação de um acordo com as vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG), segundo o Valor Econômico.
