Os juros futuros encerraram em queda nesta quarta-feira (4), revertendo parte dos prêmios acumulados nas últimas sessões. O movimento foi impulsionado pelo alívio nos Treasuries e pela significativa queda no preço do petróleo.
No cenário internacional, a leitura de dados do mercado de trabalho e do PMI de serviços nos EUA trouxe um respiro à aversão ao risco, pausando os movimentos de stop loss registrados anteriormente. Em segundo plano, a expectativa gira em torno da votação da tributação de fundos exclusivos e empresas offshore na Câmara.
Desempenho dos juros futuros
A taxa do contrato DI para janeiro de 2025 fechou em 10,985%, enquanto a do DI para janeiro de 2026 caiu para 10,85%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 11,10%, e o DI para janeiro de 2029 ficou em 11,59%. Já a taxa da T-Note de dez anos estava em 4,72%.
Cenário internacional
Após o recente impacto no mercado de renda fixa, os juros futuros no Brasil encontraram certo alívio com a recuperação na curva americana e a queda nas commodities. A pesquisa ADP dos EUA, indicando criação de empregos abaixo do esperado, e a queda no PMI de serviços contribuíram para essa pausa.
Impacto do petróleo
O petróleo despencou mais de 5%, atingindo US$ 85,81 o barril (Brent para dezembro). Analistas apontam para uma realização de lucros e aumento nos estoques de gasolina, impactando fortemente o setor.
Cenário interno
No cenário interno, a agenda esvaziada aumenta a expectativa pelas votações no Congresso. A possível votação do projeto de tributação das offshores hoje na Câmara é crucial para o governo atingir a meta de zerar o déficit em 2024, buscando arrecadar R$ 168 bilhões.
Imagem: Piqsels