O dólar comercial fechou em alta de 0,27%, cotado a R$ 4,6880. A moeda chegou a perder durante alguns momentos da sessão, mas acabou refletindo a alta dos preços ao produtor nos Estados Unidos de 1,4% em março ante fevereiro, aumentando as expectativas para o aumento iminente dos juros norte-americanos, em maio.
Segundo o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o PPI foi muito ruim, mas não acho que tenha impactado no dólar. O cenário continua sendo favorável ao real, e existe fundamento para isso”.
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Weigt considera que ainda é possível chegar a valores abaixo dos R$ 4,60, mas faz ressalvas: “Quando estávamos acima dos R$ 5,00 tínhamos um caminho bom para chegar em R$ 4,30, e agora ficou mais difícil. O Brasil, porém, é um dos poucos países emergentes grandes que atraem investidores, ao lado de México e África do Sul”.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o cenário atual é que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fique mais hawkish (austero) e o Banco Central (BC) mais dovish (favorável à diminuição dos juros), e isso é ruim para o real, mas não é algo preocupante”.
Borsoi acredita que o PPI é mais um ingrediente que aguça as expectativas do mercado para a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em maio, e que o real ainda tem espaço para cair, devido aos juros altos, mas que a moeda brasileira “não terá vida fácil” para ganhar mais força.
Paulo Holland / Agência CMA
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