O Ibovespa manteve-se sob pressão, registrando pouca variação e fechando em 113.607,45 pontos, em meio à correção do petróleo que afetou Petrobras e outras empresas do setor. A semana acumula perdas de 2,54%, limitando o avanço anual a 3,53%.
O índice oscilou entre 113.036,30 e 114.075,29 pontos, encerrando o dia com um ganho de 0,17%. A queda acentuada do petróleo em Londres e Nova York, cerca de 5%, impediu o Ibovespa de seguir a tendência positiva em Nova York, onde Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq apresentaram ganhos.
Impacto nas empresas do setor petrolífero
Devido à pressão no petróleo, Petrobras ON e PN fecharam em queda de 3,02% e 3,97%, respectivamente. Outras petrolíferas, como 3R Petroleum, Prio e PetroReconcavo, também registraram desvalorização. Vale ON teve baixa de 1,07%, influenciada pelo recuo do minério de ferro em Cingapura.
Cenário internacional do petróleo
A queda dos estoques de petróleo dos EUA e a decisão da Opep+ de manter a produção atual mantiveram o Brent abaixo de R$ 87 por barril. O Comitê Conjunto da Opep+ recomendou a manutenção da estratégia atual, reforçando a necessidade de “conformidade total” entre os membros.
Desempenho das ações
Na ponta negativa do Ibovespa, Petrobras liderou as perdas, seguida por outras petrolíferas. Em contrapartida, Yduqs, CVC e Locaweb foram destaques positivos. A recuperação dos grandes bancos, especialmente Bradesco, equilibrou o índice, compensando as perdas no setor de commodities.
Dólar e expectativas para o mercado de trabalho nos EUA
O dólar mostrou acomodação em relação ao real após o salto anterior, refletindo a descompressão nos rendimentos dos Treasuries. A perspectiva para os dados do mercado de trabalho nos EUA, com o “payroll” aguardado na sexta-feira, influenciará os mercados.
Perspectivas para o mercado financeiro
O cenário externo desafiador, marcado pela queda do petróleo e a incerteza nos rendimentos dos Treasuries, impacta as perspectivas para os custos de crédito e o possível afrouxamento monetário. A cautela domina, com os investidores atentos aos dados do mercado de trabalho nos EUA e a possível reação do Copom.
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