Dois desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo reclamaram dos juros “muito além do razoável” cobrados por bancos brasileiros e acabaram argumentando com o presidente da Febraban, Isaac Ferreira.
A discussão aconteceu nesta terça-feira (12), durante o evento da Escola Paulista de Magistratura, de acordo com notícia da Bloomberg Alinea.
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Quem estave presente no evento era o procurador-geral do Banco Central, Cristiano Cozer, que se conteve a dizer que seria necessário “um evento só disso”, lamentando que o Banco Central não consegue atuar nos casos de juros do varejo.
O desembargador Salles Vieira em conjunto com seu colega Roberto Mac Cracken que iniciaram a discussão sobre a política de juros, tendo o último citado um caso em que o banco BMG foi condenado a cobrar juros de mais de 1.500% ao ano de uma idosa, questionando se não deveria haver alguma orientação para os bancos.
Os comentários foram feitos para Cozer, mas quem respondeu foi o presidente da Febraban, que defendeu os bancos explicando que os juros são calculados a partir da composição do spread bancário, destacando os níveis de inadimplência.
Imagem: Marcos Santos / USP Imagens