A renda média dos brasileiros nas regiões metropolitanas atingiu o valor de R$ 1.378, mínima histórica desde o começo da série, em 2012. Mesmo com o aumento na população ocupada, as classes sociais empobreceram.
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Os dados estão na sétima edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, com informações disponibilizadas pelo G1.
Diferentemente do ocorrido no início da pandemia, a queda no rendimento no último trimestre de 2021 foi puxada pela população que ganha mais dinheiro. A pesquisa mostrou que a renda tombou pelo segundo ano seguido, atingindo a menor marca em dez anos.
Segundo o estudo, a renda média no final do ano de 2021 era 10,2% menor do que no período pré-pandemia, no qual o valor era de R$ 1.535 (1° trimestre de 2020).
No que diz respeito à desigualdade, ela recuou para 0,602 na média das metrópoles, o mesmo valor do 1º trimestre de 2020. Porém, mesmo com a diminuição, os dados ainda estão longe da melhor marca, registrada em 2014, de 0,566.
A desigualdade é contabilizada pelo coeficiente de Gini – que varia de 0 até 1, sendo mais alta quanto maior for a desigualdade.
Pelos estudos, entende-se que a sociedade está menos desigual, mas com um nível de pobreza maior.
A renda média per capita dos 40% mais pobres estava em R$ 195 no final de 2020, e subiu para R$ 239 no final 2021. Enquanto isso, a média entre os 10% mais ricos caiu de R$ 6.917 para R$ 6.424 em 1 ano.
Esse movimento é contrário àquele visto no início da pandemia, que os 40% mais pobres chegaram a perder 32% da renda resultante do trabalho, enquanto que para os 10% mais ricos recuou apenas 2,5%.
É preciso entender, também, que com o lockdown e as restrições de circulação, a parcela mais pobre da população ficou mais desamparada que as demais.
Isso decorre do fato que os mais ricos encontram-se em empregos que têm proteção social e legislativa, enquanto a maior parte da população pobre está em trabalhos informais, fazendo com que eles tivessem menos defesa com a chegada da pandemia.
Nesse momento, o que explica a perda de poder econômico da parcela mais rica é a inflação, que encontra-se em 10,79% no acumulado de 12 meses, apresentando resultado de dois dígitos nos últimos 7 meses.
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