As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta após ata do FED sem novidades.
Nesta quarta-feira (6), o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,37% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando variara 1,50%.
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Para Nicolas Borsoi, economista da Nova Futura, a curva curta de juros está reagindo aos índices de inflação acima do esperado. Além do IGP-DI, tivemos recentemente IGP-M, IPCA-15 e IBGE. “Além disso, estamos sofrendo uma reprecificação do mercado de juros global”, afirma.
Em relatório, a XP lembra que os EUA iniciaram o processo de aperto monetário e sinalizaram aumentos mais agressivos nos juros à medida que a pressão inflacionária piora com a guerra na Ucrânia. “Enquanto isso, o risco de recessão aumenta”, diz.
“A inflação corrente mais alta que o esperado e os impactos mais persistentes da guerra elevaram nossas projeções de inflação. Câmbio mais apreciado e energia elétrica mais baixa ajudam a conter o avanço dos preços”, completa.
Diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Lael Brainard afirmou ontem que a instituição “continuará a apertar a política monetária de modo metódico, com uma série de altas nos juros”. Ela é considerada um dos membros mais dovish do comitê.
Para Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos, a ata do FED nesta tarde não trouxe nenhuma novidade. “Lá fora o FED está atrasado na retirada de estímulos”, diz. Temos muitas incertezas quanto aos conflitos internacionais e a pressão inflacionária no mundo continua forte”, prossegue. Segundo Berotti, essa aversão ao risco global passa ao nosso mercado.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 12,750% de 12,715% % no ajuste anterior projetava taxa de 12,100%, de 12,000%, o DI para janeiro de 2025 ia a 11,440%, de 11,335% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,205% de 11,085%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4,7150 para venda.
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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