O governo de São Paulo está tomando medidas nas esferas administrativa e judicial para assegurar que a greve, realizada nesta terça-feira (03), não cause prejuízos à população, anunciou a Sabesp em comunicado oficial. A empresa classificou a paralisação, que também afetou a CPTM e o metrô, como ilegal. Os grevistas protestam contra a privatização das estatais paulistas.
A Justiça determinou que a Sabesp mantenha 85% de seu contingente em funcionamento, sob pena de multas diárias de até R$ 500 mil para os sindicatos, conforme divulgado pela empresa. No caso do transporte sobre trilhos, a determinação é de operação de 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos.
O sindicato dos trabalhadores da Sabesp informou que não haverá interrupção no fornecimento de água durante a greve.
Privatização
A privatização da Sabesp tem sido uma das principais prioridades da gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Nos últimos meses, a companhia e o governo estadual anunciaram medidas que sinalizam o avanço desse processo, incluindo a escolha do modelo de follow-on.
O governo pretende enviar o projeto de lei que autoriza a privatização da Sabesp à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) até outubro, visando a conclusão da desestatização no primeiro semestre de 2024.
Tarcísio afirmou recentemente que o processo de desestatização está em andamento e que a privatização da Sabesp será a maior do país nos próximos anos.
Imagem: Divulgação