Agência Brasil
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda nesta quarta-feira (22) refletindo a curva de juros norte-americana, que também opera em queda.Quem explica é Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco Alfa: o mercado está olhando para a curva de juros lá fora, que fecham, em dia de forte aversão ao risco.
Segundo ele, as notícias internas não explicam o alívio na curva, principalmente por questões fiscais, ainda bastante nebulosas.
Já Rafael Passos, economista da Ajax Capital, os ativos operam em forte aversão ao risco, onde passam a ponderar o cenário de pressão baixista de atividade global, com maior possibilidade de recessão.
Commodities mais ligadas ao crescimento de atividade (cobre, o minério de ferro e o petróleo, por exemplo) também seguem em forte desvalorização, disse. Reforçando: devemos conviver com um período de inflação elevada, desaceleração global, e sem suporte de políticas monetárias às economias, o que tem pressionado ambiente de risco internacional, completou.
Economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira acredita que, diferente de outros Bancos Centrais no mundo, o brasileiro está mais do que adiantado no aperto monetário, com a taxa de juros fortemente em zona contracionista.
Elevações pontuais tem efeito marginal cada vez mais reduzido, em meio às dimensões da atual taxa nominal, disse.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,550% de 13,565% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 12,310%, de 12,465% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,235% de 12,395%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1750 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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