A Americanas tomou medidas significativas em agosto e setembro de 2023, demitindo 1.131 funcionários, dos quais 639 pediram demissão voluntária, e fechando 21 de suas lojas. O relatório detalhando essas ações foi divulgado recentemente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelos administradores judiciais da empresa, sinalizando um ambiente desafiador para a varejista.
Impacto nas operações
A Americanas atualmente opera com 1.785 unidades, após o fechamento das 21 lojas. Nos últimos 12 meses, um total de 88 lojas foram encerradas, destacando as mudanças significativas no panorama da empresa.
Redução no número de clientes ativos
Além das medidas de reestruturação, a empresa também enfrentou uma queda de 12,7% no número de clientes ativos em agosto de 2023, em comparação com dezembro de 2022. Esse indicador mede a quantidade de clientes que realizaram pelo menos uma compra ou interagiram com a empresa durante um determinado período.
Situação financeira desafiadora
O relatório também revelou uma situação financeira desafiadora para a Americanas. Em 31 de agosto de 2023, o caixa disponível da empresa era de R$ 1,552 bilhão, uma queda significativa em relação aos R$ 3,726 bilhões registrados em setembro do ano anterior, representando uma redução de 58,3% em 12 meses.
Endividamento
Entre janeiro e agosto de 2023, a dívida denominada em reais da companhia aumentou em 5,6%, totalizando R$ 20,644 bilhões. Enquanto isso, a dívida em dólares diminuiu em 1,1%, totalizando R$ 1,068 bilhão. O pagamento das dívidas denominadas em reais foi de R$ 1,391 bilhão, enquanto as dívidas em dólares somaram US$ 43,615 milhões.
Possíveis desdobramentos para investidores
Investidores devem acompanhar de perto esses desenvolvimentos na Americanas, já que as demissões e fechamentos de lojas podem ser indícios de desafios financeiros e estruturais mais amplos. A redução no número de clientes ativos também levanta preocupações sobre a capacidade da empresa de manter sua base de clientes e impulsionar o crescimento.
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