O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que novas tropas devem ser enviadas ao Leste Europeu de modo a aumentar as forças militares nos territórios aliados da região. A declaração vem dia antes da cúpula dos membros da para discutir a guerra na Ucrânia.
“O primeiro passo é o lançamento de novos batalhões da Otan na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia”, disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23).
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“Com nossas forças existentes nos Países Bálticos e Polônia, isso significa que teremos oito batalhões da Otan no flanco leste, dos Países
Bálticos ao Mar Negro”, afirmou.
Segundo Stoltenberg, já são 140 mil militares da Otan mobilizados em decorrência da tensão na região, sendo 100 mil dos Estados Unidos e 40 mil das forças do comando da Otan. “Tudo com apoio por mar e ar, além de forças no Mediterrâneo e na área norte”, ressaltou.
Além disso, a autoridade afirmou que apoios adicionais à Ucrânia, como assistência em segurança cibernética e equipamentos contra armas “nucleares, biológicas e químicas” também poderão ser pautados durante o encontro. O apoio militar também poderá se estendido para “parceiros em risco sob pressão russa”, disse Stoltenberg.
Ele também pediu que Putin acabe com a guerra mas ressaltou ser necessário garantir que o conflito “não vá além da Ucrânia e se transforme em um conflito entre a Otan e a Rússia”.
Stoltenberg também citou a China em suas declarações na coletiva pré-cúpula. Ele disse esperar que os membros da aliança pressionem a China sobre sua posição frente à Rússia.
“A China questionou com Moscou o caminho independente de países. A China tem oferecido apoio politico ao espalhar informações falsas, e nossos aliados estão preocupados de que a China possa dar apoio material à invasão russa”, disse o secretário.
“Espero que os líderes chamem a China à sua responsabilidade, incluindo no Conselho de Segurança, para não apoiar a Rússia e se juntar ao restante do mundo para um fim pacífico à guerra”, concluiu.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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