A Gol Linhas Aéreas (GOLL54) reverteu prejuízo no terceiro trimestre e alcançou um lucro líquido de R$ 248 milhões, ampliando as margens operacionais em meio à recuperação da demanda.
A receita líquida da companhia somou R$ 5,5 bilhões, alta de 11,6% na comparação anual, enquanto o Ebitda recorrente subiu para R$ 1,64 bilhão, com margem de 29,7% — o melhor nível desde a pandemia.
As ações GOLL54 — negociadas fora do Ibovespa — sobem 11,34%, aos R$ 5,40, em reação aos melhores resultados financeiros da companhia desde 2019.
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Demanda forte e foco em eficiência operacional
O bom desempenho reflete a alta na demanda doméstica e internacional, o controle de custos e o avanço do programa de recuperação de frota, que reduziu despesas com manutenção. A capacidade total cresceu 8,9%, e as rotas internacionais avançaram 34,5% no trimestre.
A companhia encerrou o período com R$ 5,4 bilhões em liquidez e alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 3,2 vezes, o menor patamar desde a pandemia.
“O mercado doméstico está muito bem, com demanda resiliente tanto a nível de negócios quanto de turismo”, afirmou Celso Ferrer, CEO da Gol.
Expansão da Gol e novas fontes de receita
A Gol opera agora em 82 aeroportos com frota própria e planeja 65 mil voos domésticos e 5,2 mil internacionais no verão, um aumento de 20% em relação a 2024. As unidades Smiles e GOLLOG também apresentaram alta: juntas, somaram R$ 517 milhões em receitas, avanço de 4,9% no trimestre.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as “outras receitas” somaram R$ 1,57 bilhão, crescimento de 16,4%. A GOLLOG ampliou o volume de cargas em 17,6%, com o primeiro avião cargueiro da marca, e a Smiles atingiu 29,6 milhões de clientes cadastrados.
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Ferrer destacou que novembro e dezembro serão meses fortes, impulsionados por eventos como a COP30 e o Grande Prêmio de Fórmula 1. “Se repetirmos o desempenho de dezembro do ano passado, chegaremos ao topo do guidance informado”, afirmou o executivo.
Custos sob controle e foco em rentabilidade
Os custos totais subiram 8,1%, somando R$ 4,67 bilhões, principalmente por conta das depreciações ligadas à renovação da frota. Segundo a empresa, a redução no número de aeronaves em manutenção ajudou a compensar parte desse aumento.
A Gol reforçou que a melhoria do yield (receita por assento) e o aumento da conectividade entre rotas deram à companhia flexibilidade para gerenciar sazonalidade e crescimento, especialmente em um trimestre marcado por alta rentabilidade.









